Com direção de Majid Majidi, o filme irãniano conta a história de Ali, um garoto de nove anos que perde o sapato recém-consertado da irmã quando ia para a escola. Filhos de pais humildes, decidem não contar o ocorrido e revezam o único par de sapatos restante, enquanto que Ali tenta ganhar o prêmio de terceiro lugar numa maratona, onde o prêmio é um par de sapatos.
Minimalista na pequena história, o filme é de uma riqueza poderosa de imagens, com o domínio da técnica narrativa. As tomadas de sapatos, repetidas, enquanto a menina está na escola, assim como as de campainhas de interfones que o garoto e o seu pai trocam no bairro riquíssimo, onde ele vai em busca de trabalho extra como jardineiro, levam o filme à uma atmosfera de compassos marcantes.
Desse fiapo de história o diretor consegue envolver o espectador com o drama desses dois pequenos personagens, ao mesmo tempo em que desenvolve um panfleto sobre a vida em uma sociedade brutalmente desigual e injusta.
Um filme "esquecido", mesmo após ter concorrido a premios com A Vida é Bela e Central do Brasil.
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